quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Novas experiências

Como segunda parte da tarefa na turma, vamos trazer links com experiências em escolas públicas na região da Baixada Fluminense. Escolhi duas:

  • A primeira trata-se da Ong Care do Brasil que tem o projeto que forma mediadores de leitura no âmbito do projeto Comunidade Educadora desenvolvido em parceria com o Colégio Estadual Guadalajara. Essa parceria do formal com o não-formal é minha praia.
        http://www.care.org.br/nossas-acoes/programas-territoriais/

  • O segundo trata-se da Ong Profec que faz um projeto levando uma mala de leitura junto com o material para fazer arte, junto as escolas e as crianças da rede pública que participam desse projeto na própria instituição
       http://projetolecriarte-profec.blogspot.com.br/p/projeto-lecriarte.html

Vamos seguir o livro?

FALA E ESCRITA: PROPOSTAS DIDÁTICAS PARA OS ANOS INICIAIS DO 
ENSINO FUNDAMENTAL

E na sala de aula
 
Neste texto foram investigadas duas coleções1ª Português uma Proposta para o Letramento (C1) e Vitória Regia–Língua Portuguesa (C2), ambas indicadas com Distinção pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD/2004). Essas coleções visavam trabalhar com a língua de modo a trabalhar as várias questões da língua como a textual e as oralidade. A proposta dessa investigação foi analisar se o uso da nossa língua materna nas relações de fala e escrita. Também como está proposto esse desenvolvimento nos livros didáticos e se os mesmos acompanham o que está idealizado nos documentos oficiais.
          A autora usa de téoricos como Travaglia para abordar as concepções de linguagem e verificar os aspectos sócio-histórico que acampanham o estudo da mesma. Com Marcuschi vêm as três concepções da linguagem que são: a) estruturalista; b) transformacionalista; c) enunciativa.
          Na abordagem arespeito de gêneros textuais a C2, faz uma comparação entre a fala e seus vícios de linguagens como repetições, expressões da oralidade dentre outros. Enquanto também traz uma relação compartiva com o texto escrito da mesma fala, que se torna "limpo" para que tivessse maior clareza no ato da leitura. 
          Já na C1 é abordado o gênero carta. Na aplicação da atividade, vemos uma diferença com relação a C2, pois, é não indizido ao aluno que toda a carta deve ter um tom formal, mesmo que seja escrita para uma pessoa próxima. Dependendo do interlocutor são apagados todas as formas de afetividade, o que afasta as pessoas tanto quem escreve, quanto quem recebe.
        Num outro momento é trabalhado com o gênero lenda. Nessa atividade a C2  instiga aluno e professor a discutirem os vários aspectos de uma lenda, acho que incluive o local de onde ela provém. Há uma caracterização, percebida pela turma, desse gênero. Há também o estímulo da apresentação e da recontagem, mas em fita. 
           Na C1 também é trabalhado o genero lenda, mais de uma forma diferente. O aluno poderá identificar, além de elementos que possam aparecer no texto oral e escrito são anotadas em aula todas as percepções da turma e juntos chegam a uma conclusão. 
          Concluímos que a C2 direciona uma reflexão da língua falada do ponto de vista de uma escrita ‘padrão’. Devemos também aguçar o nosso olhar sobre o material didático que tems para ser utilizado em nossas escolas. O que tem de inovador e o que tem de reprodutivista.       


quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O meu português

          Quando vejo minhas amigas professoras falarem da educação penso no meu português e tudo o que ele significa para mim,  porque cada um tem o seu. Quando escuto as falas: "o que se aprende na faculdade não serve para nada!" , "cultura, pra quê estudar cultura?" ou "essas criaturas não querem nada , essas crianças de hoje são muito burrinhas!" .    

           Essas frases me fazem lembrar do Jardim Escola Final Feliz, onde aprendi a ler. Tinha tanto medo da Tia Isis que era  a diretora, que o dia de "tomar a leitura" era um dia de pânico, porque a carrasca batia na mão da gente. Mesmo assim sempre gostei de ler. Primeiro com livros religiosos, que eram os únicos que a minha família tinha acesso. Na minha escolinha elitista de bairro, que mais parecia uma fábrica de alfabetização, o único livro que a gente conhecia era a cartilha da coleção Eu Gosto.
          Os livros que tinham na minha casa, pasmem eram os romances de camelô como Sabrina, Júlia. Num lugar mais inocente e menos romântico estavam os meus gibis favoritos do Homem-Aranha e Super Man. Quando achava na lixeira dos prédios, onde trabalhava como doméstica, minha mãe trazia livros de histórias infantis e fábulas, eu adorava o Gato de Botas.
          Na escola que agora era pública, a gente só ia para biblioteca quando éramos considerados pequenos, era um dia muito feliz, eu lia vários livros, era muito bom. Depois, quando a gente ficava "grande" fechavam a biblioteca. Meus professores vinham com orações, classes gramaticais tudo muito chato... O que eu queria mesmo era a biblioteca!
          No ensino médio era diferente, a escola de elite, formadores de campeões do vestibular tinha um trabalho diferenciado, mas só alguns professores se dedicavam a isso, o resto só sabia mesmo é das orações.  A aula de redação era muito esperada, lembro que nós estudamos o texto Feliz Aniversário conto de Clarice Lispector. Era divertidíssimo, encená-lo foi ótimo. Até o dito livro paradidático que era sobre drogas foi legal, pesquisamos uma peça e encenamos também, assim era divertido!
          Sempre gostei do português, nós temos um caso e eu acho que é amor!